domingo, 25 de novembro de 2007

DAS COXIAS...




Faz muito tempo que não escrevo. Estava na correria de todos os preparativos para o espetáculo que hoje apresentei, e só agora me dou conta de tantas coisas...
Meus olhos estão mais verdes do que nunca, do choro que veio da alma. Um choro lindo, bom, purificador. Queria que todas as pessoas pudessem sentir o que hoje se passa em mim.
Tantas coisas que só agora percebo: toda a tensão, as dúvidas, os medos e a ansiedade. Tudo que me traz até aqui e me deixa uma certeza: sou artista.
Sou artista e sinto o mundo pelos canais da sensibilidade. Tem seu peso e tem sua vantagem.
Só quem vive o que é estar no palco sabe a marca de tudo o que sinto agora. Todo o processo duma carga emocional que se transmite naquele aqui e agora que já passou.
E também todas as pessoas que também passam na vida. Umas que marcam porque ficam, outras porque simplesmente passaram.
Eu que nunca liguei para carro, casa, roupa, corpo da moda. Mas que nunca deixei de viver na plenitude um momento que a vida me presenteou, que nunca tive medo de amar e me entregar para qualquer pessoa que em mim isso buscou ou que a mim ofereceu amor.
Eu que era a criança que se escondia nas cortinas sem saber que era medo e proteção. Eu que hoje subo nos palcos, que me mostro por cortinas, que empresto de tantos outros um bom tanto de vida.
Eu que às vezes erro por ingenuidade, por desafio, por tolice. Mas nunca por mentira ou falta de coragem.
Tenho o peito aberto, a alma em pele, a mente em céu e os pés em flor.
Cada dia um novo desafio e uma nova descoberta. Sei que sou tudo o que abri mão nessa vida. E aí está o valor das escolhas por onde vou. Os caminhos que não acho eu mesmo faço.
Pago sempre para ver e agradeço aos desafios que com amor e arte, descubro mais tarde, são meus caminhos!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

ELA.

Na angústia ouve a voz que diz: vai ao fundo da tua dúvida. Mesmo sem ar, vai sem fraquejar, sem fugir, sem sofrer. Apenas sentir para compreender. Ou, ao menos, para compensar.
O que está desajeitado revela um encaixe errado, é preciso arrumá-lo. O que está por vir...
Uma criança brincando com a bonequinha no passado. Infância feliz, mini pessoa de verdade que brincava com mini imitação de pessoas.
Hoje vôo. Livre arbítrio e voa para aonde se quer. O duro é só decidir o que quer pois tudo parece escorrer pelas mãos.
Há tantas possibilidades, tantas oportunidades e um só momento: o agora.
A menina brinca com sua boneca no passado.
A ave voa no futuro.
Ainda não soaram as (des)esperadas doze badaladas.
Sem surpresas e nem caixa de bombons.
Então só resta, mesmo possuindo tantas lindas palavras, o incansável perguntar: e agora?

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

DO TODO E DAS PARTES



(Circo de Verão Tim/Nókia 2005)

Hoje só quero dizer boa noite e me deitar. De repente tudo muda; salto quântico. Nem silêncio, nem respostas; só surpresas. E a melhor surpresa é nada. Poder viver com a mente vazia de anseios, o coração livre de desejos e o corpo distante das cobranças. Andanças que revelam: não há passado que se compare ao presente. Mudanças. Acontecem constantemente, isso é fato, isso é o momentum que aprendi na física quântica. Tem um poder de mulher que só aparece com o tempo, algo precioso, que ainda não entendo... Mas sinto que bom é ter as coisas e melhor é saber quando abrir mão delas. Porque há momentos que se avança tanto que o recuo é a melhor saída. Vida.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

PARA OS VISITANTES DO TUDOAZULZIM!!!




( FLOREZINHAS PARA VOCÊS!!!)


A vida é boa, não tenho dúvidas. Daí, em pleno caos-de-fim-de-ano-muito-trabalho-mil-coisas-e- muitas-outras-dúvidas Elis me canta:"vivendo e aprendendo a jogar, nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas vivendo e aprendendo a jogar".
Pronto. Era o que precisava ouvir para parar.Tudo sentir e nada dizer. E sim, há tempo para escrever um post. Há tempo para sonhar. Há tempo para abrir as malas e ver o que inutilmente está pesado. Há tempo para palavras. Há tempo para se dar um tempo. Há tempo para planos e promessas. Há o agora, e só esse importa.
O blog tem recebido visitas inusitadas, de poesia profunda. Recados lidos, sentidos e sonhados que me tocam como a voz de Elis. A vida me traz palavras repostas quando preciso. Aprendi que o que não preciso é procurá-las, mas estar aberta para recebê-las. E sei que o que mais preciso são sonhos, com mente em céu e pés na terra.
É ... gosto mesmo é de sonhos. Imprecisos e contradição.

sábado, 3 de novembro de 2007

JUST A PERFECT DAY



Então são folhas em branco a espera de palavras. Mas tem certos momentos que não há palavras, nem momentos e muito menos certezas. Só o branco. Suspensão. Aí o pertinente silêncio e o tempo. Sempre e presente. Ilusões existem e são fundamentais; o que varia é a duração e a intensidade. Coisas de idade. Tem também o caos de alguém que geralmente é o desejo de outrem. Contraditórias e jocosas leis de viver. Ando em linha reta e quando percebo os rastros da caminhada são sinuosos. Ainda bem!