segunda-feira, 21 de julho de 2008

ANIVERSÁRIO


Procuro um fio no novelo das idéias para iniciar esse texto... não sei se vou encontrar, mas pelo menos dá para fazer franjas com o que tenho no momento.
Muitas coisas boas me acontecendo e eu nem parei para escrever... quero, aliás, agradecer o carinho dos comentários e os selos que ganhei do Luciano Fabre(que diga-se de passagem, não sei como colocar no layout do blog, alguém me ajuda!!!).

O emaranhado persiste e por isso hoje prefiro deixar metáforas e aliterações de lado e escrever como a adolescente que registra linear o dia em seu diário. Acho que porque amanhã é meu aniversário!
São 28 anos e percebo definitivamente que sou mulher. Mas também vivem em mim a criança e a moça que chegaram até aqui. Trago-as na alma e na pele fiz uma tatuagem! Vivo em gerúndio: rindo sempre e buscando rimas.

Não tenho mais medos e sei das coisas que amo. Conviver com elas é vital; gente, vinho, poesia, música, cinema, livros,academia, trabalho. Andar sem sentido e apreender a vida pelos meus sentidos. Sentar num café e ler o jornal; um prazer sem igual. Gosto também das coisas que não gosto, com elas saio do conforto e do conformismo, me desencontro, desestabilizo, me recrio. Dinheiro é bom, mas não é tudo. Sexo é ótimo com amor é divino. Deus é um estado de espírito.
Às vezes sou frases, outras, (a) só(s) palavras. Também parágrafos. Às vezes sussurros e vezes grito.
Hoje sou esse emaranhado de idéias contraditórias com a escrita linear num diário véspera de parabéns. E um pouquinho de metáfora, sim, que essa sempre me escapa. Até no momento vida-cor-de-rosa-chicléte-adolescente.
Fim das franjas. Vou em frente.

terça-feira, 1 de julho de 2008

MULHER NO ESPELHO

(foto de Fernando Niero)


Um caos harmônico se instala como se. Hormônico também. Desculpa e justificações. Do inferno. Astral. E TPM. Afinal. São quase 28 anos e o inverno. Ser Mulher. É o frio que contempla as estrelas mais lindas. Contradição como a dúvida sobre a liberdade. Palavras e lembranças de tudo que se passa. E tudo passa. No coração. As diferenças. Amor, amizade, sexo, dinheiro, cultura, companheirismo, cumplicidade, sonhos e paixão. Tudo voa, tudo é vão.
Ela me olha como se me pertencesse. Mera imagem. Maquiagem. O que (m) me possui. Uma linha no rosto; a linha da vida. Nada linear. Completude e complexidade, que tudo inventa, tudo cria.Teia: a aranha que tecia. A mente. Mas não mente. O etéreo briga com o material. Espírito, emoção, oscilação. Cadência e desejo sempre de novo som. A arte que liberta e mais palavras. Em espiral e repetição; tudo voa, tudo é vão. Mas vitais inevitáveis. Coloridos vitrais.
Procura o texto mais lindo para 28 anos de contexto. Não bastam as pessoas, o céu, as estrelas, duas décadas e um oito que deita. É o infinito. Mais bonito, mas tudo é pouco, tudo é louco. Como a chama de um fogo que chama, e quando cai o Véu de Maia, sente vergonha dos pobres paradoxos e aliterações. Mas isso é ela, isso é eu. De batom vermelho. No espelho. Pobres rimas rubras como distinto tinto vinho. Como vida e sangue. Vinde vinte e o oito deita.