sexta-feira, 22 de abril de 2011

DAS MUDANÇAS




Já vai fazer um ano e dois meses que o Téo nasceu.
Eu-mãe também.
Agora sem mil monstros e duas mil ansiedades que reinavam na mente.
E sem saber onde vai dar essa história de cada dia sentir um amor maior, imenso, infinitamente.
Haja fé, viva o dia-a-dia.
Eu que queria ser grande, rapidamente Doutora, hoje só quero reaprender a ver o mundo como os pequeninos.
Como é difícil ser mínimo.
Ainda bem que sempre fui cores e dó ré mi fá sol lá, sem dó. Isso ajuda a me aproximar do menino.
E continuo amando doces, vinho, sexo, trabalho, descanso, família, viagens, caminhada, música, livros, filmes e amigos.
Outras coisas e bolhas de sabão.
Só que tudo, tudo tem um gosto, um cheiro, um som, um toque, uma visão de filho.
E ainda uma intuição.
Corpo de mulher; já não me preocupo tanto.
Mas desmonto ao ver aquele meu mini pé, mini mão, mini pessoa, que encanto!
Digo meu, mas sei que é do mundo.
(Mãe pode ser um pouco egoísta.)
Mãe pode tudo.
Mãe faz tudo, porque quando precisa, descobre um poder que nem sabia que tinha.
(Isso é só um ano e dois meses...)
E vai uma, duas... uma duas vidas ou duas uma vida.
Tá escrito, um dia, para entender melhor, volto nesse registro.