sábado, 14 de maio de 2011

AO CLUBE DA ESQUINA

(para Léo Castro)
(foto André Pinnola, 2011)


Sou única no fio de cabelo que voou pela janela.
Do amor de amamentar somos nós; dois.
(Não sei o que. Só sei que seio que ama; quem mama).

Das alegrias e desencantos de casar somos três, sempre um bom número.
Da emoção em ouvir Milton; muitos sentem-sabem. Bem.
Das cores, sabores, ritmos e texturas; os felizardos.
Para todos- deuses, heróis, ricos, espirituais, ignorantes, ansiosos - o tempo.

E lá se vai mais um dia.

E de repente um ano, dois, dez, trinta.
Uma vida.

Saudade, presente e futuro, em vento, invento.
Caos/cais.
Ás vezes até um pouco lento.

Mas só de ilusão, arte, sonho, memória ou momento.
Nunca em vão.

Vim, vamos?

Única, dupla, triplo, multiplico.
E quando necessário, me reinicio.