quinta-feira, 22 de março de 2012

RESPIRAR



Hoje eu tenho o tempo que se desdobra, que se enrola, que memória, que cabe em mim, que me carrega, que rima... e fim. Finda e volta, como o dia, a primavera, a vida, as ruas, bairros, cidades e esquinas. Das que vi, vivi, revivi ou viverei. Muitas ainda.
Hoje eu tenho o tempo como sonhei, como desejei e aprendi a agradecer o que recebi por merecer. Po rque o tempo me ensina que esperar é a sina. Fundamental verdade de quem namora o tempo: tempo meu, para sempre quero ser tua concubina!
Áh, o tempo. Da infância, carrego nos braços em forma de menino: meu filho. Eles me ensinam outro tempo, outra vida. Aprendizagem: era eu a menina! Agora mãe, mulher. E bonita. Tempo passa e outra beleza é a aque fica... voam borboletas lindas.
O tempo das letras, conteúdo, maré em que navega minha vida. E das tintas, coloridas. Arte, essa sim, infinita. Das letras, cores e rimas. Flores, coração com nome de filho, lua e estrela, pimenta. Tatuagens em meu corpo e viagens. Coisas que amo, tudo com seu tempo, do que passa , do que fica e do que virá.
Repito, o tempo numa caixa não se encaixa, mas nele cabe todas as vidas. E a vida toda. Minha, sua, do passado, presente e futuro. Do espaço real e imaginário, folhas, falas, falos, saúde, mimos, unhas, cafés, com fés, músicas, chocolates, vinhos, vim e vinha. Deliciosas caminhadas, tempo sem hora marcada.
Tempo todo, de todos, para o gozo e desfrute, que me ensina: É no tempo livre que se plantam os melhores sonhos.