sábado, 12 de maio de 2012

MOVIMENTO

(Foto na minha casinha, quando Téo ainda era pequenino, em homenagem ao dia das mães)

Nunca sei se algumas coisas na vida são sonhos ou premunições. Sei que aprendo com os outros. E aprendi a não me ver pelo interior dos outros; cada um guarda em si a sua casinha. Por fora sim, espelhos. Guarda- roupas e espelhos... assim somos e nos temos nos outros: ver por fora, guardar por dentro. Cada um tem sua casinha. E as coisas se constroem. Primeiro em ideias, depois em palavras, e, enfim, em matéria. Casa, espelhos, guarda-roupas. Somos muito mais que matéria, eu sei. Mas quando as coisas se materializam é que podemos ver a força dos nossos desejos. Ou dos nossos medos. Me espelho em outros, sim. Mas cada qual com seu guarda-roupa, com o que guarda em si, com a sua casinha. Portas fechadas para as ansiedades e abertas, alma forte, para o mundo. Porque o tempo só revela o que é essência. Como quando escrevo: não por ego, não por medo, não por solidão ou por desabafo. Simplesmente porque sou, porque amo. Palavras. Janelas da minha casinha.