sábado, 20 de junho de 2015

MINI CONTO DE AVENTURA



Fim. Da batalha? Mais uma batalha? Não... fim da guerra. Foram tantas lutas que o guerreiro nem conseguia acreditar... O que fazer, para onde correr, o que planejar, qual estratégia usar? O dia da vitória chegou; a vitória chegou, e o sonho era tão distante... mas agora que o tinha conquistado estava perdido por não mais sonhar.  Só tinha medo do ostracismo, e nem sabia. Matar dragões, enfrentar medusas, descer ao inferno, cruzar oceanos, perder-se nos pântanos, ser ferido, mutilado, ter o arco e flecha quebrado... tudo agora estava de lado.  A paz reinava e esse era seu tormento, mente inquieta, sem descobertas... Então percebeu que essa era a maior guerra. Fim.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Meia Noite






Me perdi
em anseios
devaneios
trilhas
e ilhas 


De mim.

Me feri
recuei
retornei
revivi
renasci.

respirei.

e chorei

cansada de mais do mesmo...
segui
sorri
cresci
e fiquei.

Parei em beira de abismo
senti a força dos vícios
e do desejo maior de voar.

e me joguei
e o que vi não posso narrar...
uma coragem que só existe
em quem acreditar
que o precipício
e só o inicio
para quem quer se jogar...



quarta-feira, 3 de junho de 2015

Porque alta vive...



É lua cheia
Um feminino em mim passeia.

Não é delicado
Não é sensível
Não é subjetivo.

É intenso
Cruel
Agressivo.

Ímpeto e tempestade
Algo que arde.

Ser mulher
-Não defino-
Só cada uma sabe o que é.

Um corpo perene
Nada frágil
Que sangra
Que pari

E traz dentro muitos desejos.

Ser mulher
Só cada uma sabe o que é.

Com seus medos
Seus anseios
Seu segredos.

Mulher que tece
Que leite fornece
Que espera
Que não faz guerra.

Mulher que voa
Mulher que sonha
Nenhuma santa
Nem demônia

Nem criadora
Nem criatura.
Só uma.


Mulher...