domingo, 31 de julho de 2016

CAMINHADA




Aos vinte e nove
Quase adulta suficiente
Deus
Deu-me;
 O melhor presente.

O maior ensino;
A poesia em forma de menino.

E ele cresce
E vive...

Livre.

E eu
 – na verdade menina –
Seguindo minha sina
em minha ânsia
Redescobri a infância.

Um dia ele no mundo
profundo
Vai saber que aqui
Sem ais
Existe apenas o cais.

Por isso deve voar
Pois terá sempre
 Um lugar para voltar.

Mesmo só...
São
Nós...

Como os livros
Como Dó ré mi fá
Sol...
Lá...

Sem dó.

Como eu mesma sei
Onde sempre posso ancorar...

E por que mistério
Sei que não quero!

Porque tem esse mundo;
Tem o mar
Tem o amar...
Tem o céu
Tem o caos
Tem o cais

Quero sempre mais...

Pois adoro Cronos, Hades, Prometeu...
Adoro Zeus, Deméter e Pérsefone;
Dionísio e Epimeteu...

Talvez você e eu.

Como Urano e Gaia
Eros e Thánatos 
Algo Freudiano...

Como um poema
O universo...
Em verso.

Eis a vida;
Tanta rua
Tantos caminhos
Mas sempre uma lua...

E aos trinta e seis
Entre fogo e água
E tantos vocês...

Redescubro
a essência do que sou;
Busco um pouco na terra
Que é o que sempre restou.

Só para plantar...

Brotar.

Nascer, morrer...

Mas sempre cultivar.


Uma semente
Minha mente
Que tanto quer voar.

Oh, sina,
Traga para minha vida
humildade,
simplicidade.

Para apenas

Meu Destino encontrar...

quinta-feira, 28 de julho de 2016

UM TEMPO



Yoga, corrida, arte e café
Três livros e muita fé.

Tempo e pensamento.
Sem te ver;
sem  você.

Aqui, agora
Toda hora
A poesia que jorra
De quem não sabe mentir...

Mas sabe a hora de partir.

A certeza de que tudo passa;
A necessidade de descansar a asa...

É para depois voar!
Mais longe;
Mais forte.

Para um novo lugar...