terça-feira, 30 de abril de 2019

Corpo complexo







Buscando com calma
Um corpo
Que comporte
Tanta alma.

Um corpo decolonizado
Nem leve
Nem pesado
Mas que pensa
Com o todo e com a parte
Com a razão e com a crença

Um corpo sem medo de envelhecer
Mas que seja forte
Para muito ainda viver
E dar tempo para tanto fazer

No ser além do dinheiro
Que corrompe
Que invade
Que imobiliza
Que isntantaniza
Que sataniza ...
Nossa essência,
Porque vive só de aparência.

E te faz gastar para acumular
Para se ter... sabe-se o que?
E esquecer
Do que sempre estava lá,
Escondido no sofrer.

A vida
Contínua
De beleza e desafios
Seja qual forem os caminhos
Vezes complexos, vezes simples
Longos ou curtinhos...
Sempre estarão lá.

Um corpo nada plastico;
Não é de comprar.
Tudo prático:
É  de trabalhar,
Divertir
Respirar.

Enquanto vivo se está
Colocar descalços os pés no chão
Saber dizer sim  e também dizer não
No caminho
Que se faz ao caminhar.

Corpo é território
Repertório
É espaço
No qual existo e escolho o que faço
Nada nele vai mandar.

Único limite?
Asas que me faltam para voar...