quarta-feira, 27 de junho de 2007

MADRUGADA

Rasga violento
O silêncio
Com a tictaqueação
Do tempo

Relógio indiscreto
Acusa incessar
O tempo
Que não para de berrar

Criança que não dorme.
Nunca.
Fala frustrada da constante inconstância;
O sempre.

A infinitude das coisas que virão
Atordoam-se no vazio da imensidão
De tudo que é
E que um dia já foi.

Tic, tac, tic, tac...

2 comentários:

Maquinaria de Linguagem disse...

Tem existência, tem metafísica na escritura contemporânea sua. Beijo

Natasha Pinto disse...

e eu nunca soube da existência de um blog assinado pela ju.

agora, sabendo, voltarei; está devidamente adicionada aos meus favoritos!