segunda-feira, 30 de abril de 2012

Nas portas do paraíso

(foto de quando eu estava grávida... e uma saudade...)

Não sei como nem por que. Mas as coisas acontecem. Barriga cresce, bebê nasce E cresce. Vida vai... E nada volta a ser como antes. Ingenuidade... A melhor parte da vida, sem dúvida, mas algo ficou para trás. E aí, só lembranças. Músicas, imagens, cheiros, sabores, mensagens. E a vida caminha, para frente, só para não sei onde. De repente letra é palavra. E frase, parágrafo, texto, intenso, um livro, a vida. De linhas escritas também com pontos e vírgulas e ponto-e-vírgula; E sempre: as coisas acontecem e aparecem na medida que podemos e precisamos. Isso é. Não sei o que será, não sei o que virá, mal sei do que foi. Para mim, para você, meus pais, irmãos, amigo, alunos, marido, filho. Mas que algo vai acontecer, vai, afinal, tudo cresce. Só porque estamos vivendo, simples assim. Até o fim. Sem medo e sem segredo. Deixar fluir, até o fim. Respirar e encontrar a si, no silêncio. No aqui, no agora. Sem demora. De tudo o que fica, afinal, são só lembranças, na melhor das hipóteses, palavras. Lavradas, paradas, à espera da vida dos olhos de quem lê. Da imaginação envolvida, movida, rica de imagens, infinita. A sua diferente da minha. Mas todas mobilizadas por palavras. Fruto da vida, aqui, lida e registrada. Para sempre, só palavras. De tudo o que fica, que não sei o que, nem por que. Tudo cresce. E nada faltará. Para sempre, quando se tem uma madrugada.