
Hoje o novo presidente norte-americano anunciou o fechamento da prisão de Guantánamo, a revisão de tribunais militares de suspeitos de terrorismo e o fim dos métodos mais duros de interrogatório.
Coincidentemente (ou não) ontem assisti ao documentário “Um táxi para a escuridão” (Taxi to the Dark Side, 2007) sobre o tratamento de suspeitos de terrorismo que foram presos durante a “Guerra contra o Terrorismo” do governo de George W(ar) Bush. Algumas táticas dessa “guerra”: ameaças, coerção, abuso físico e simulação de afogamento nos interrogatórios executados pelas forças oficiais norte – americanas aos presos.
Os métodos desrespeitam o Acordo de Genebra e são tão desumanos quanto qualquer ato terrorista. E mesmo se fosse válida a política do “olho por olho”, não há desculpas para as injustiças cometidas contra pessoas inocentes como o afegão Dilawar, motorista de táxi e referência base do documentário.
Sim, há esperança de uma nova era com o presidente Barack Obama. Mas há muito, muito ainda para ser feito. Até mesmo Fidel, depois de tanto tempo em silêncio, hoje manifestou certa simpatia ao presidente yankee. Porém, só em Cuba, há algumas medidas que cabem aos EUA como o desmantelamento da base militar e a devolução do território além de uma melhora nas relações entre os países, talvez o mínimo de “relação normal e respeitosa”, como pronunciou o chanceler cubano Felipe Pérez Roque.
Quanto ao resto do mundo e ao país do novo presidente, tudo ainda é uma luzinha pequena no fim do túnel grande... há muito o que se repensar e fazer, precisamos urgentemente de um novo paradigma mundial, mais humanitário, acima de tudo.