domingo, 24 de maio de 2015

Janelas


Tenho janelas em casa, na alma, no computador. Janelas da vida, do estudo, do amor... Janelas que nem sei. Às vezes fecho tudo, não quero o mundo. Mas quando vejo, num lampejo, alguma janela se abriu sem fim. E no jardim ... surpresa: beija-flor e borboleta! É quando não se espera nada que tudo acontece, porque a vida é assim, as coisas não dependem de mim; o dia simplesmente amanhece. Amanhece lá fora, palavras que me tocam agora. Mas também aqui no peito, não tem jeito; outra janela. Florida, às vezes aflita, e, a maturidade que grita: esquece, o dia simplesmente amanhece, até com poesia. E perceber que o silêncio é um delicioso momento... sigo aguando as plantas, me desaguando em esperanças. E de repente, surpresa; um poeta em minha vida, que beleza!

Um comentário:

Salve Jorge disse...

Já nela
Grito por ela
Jogue as tranças, Rapunzel
Ouvi dizer que é o mais belo céu
Da tua janela
De flores amarelas
Amar elas
Ah, mar de águas singelas
Ó bela donzela
És a tela
Deixe-me remover o véu
Provar do mel
Até que se vá o sol
Reste o escarcéu
À luz de velas
Me dê trela
Já mordi o anzol
Já estou virando rouxinol
Pra ir cantar nessa janela...