quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PEDRAS



Que a dor  venha
Forte e intensa
Como o improviso de blues

Que sejam os cortes
Os crimes
Os corpos nus

Que gritem as feridas da alma
E que saia o peso do corpo
Do outro

Isso me acalma.

Que se esvazie o copo cheio
A última gota
 d´água,
De sangue
De lágrima

Já caiu.

O portal já se abriu

O caminho
Invento
Com o carinho
Do vento
Que bate em mim.

E assim vou
Devagar...
Andando
Pensando
Sentindo
Amando
Cantando...

Porque essa sou eu
Às vezes,
Só eu...

Mas como não ser só
Se só
É que sei ser.

Com minha vida
Minha  fé
Minha verdade
Minha vontade

E a alegria
De saber
Que mesmo na agonia

Estou com você. 

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

QUÍMICAS


De repente
Faltam rimas
Para minhas poesias...
Adormeço
E esqueço
Do complexo
Que é viver...

De repente
Sinto o vento
E me reinvento
Encontrando o melhor de mim

Prazer sem fim

A grandeza
Das coisas pequenas
Silêncios,
Sabores,
Surpresas!

Novas ruas
Estar nua
Perceber  os recados
Em músicas, placas, piadas ou trocados

Não por ser bruxa
(que nem sei se sou, mas adoraria)

Mas por ter o presente conectado.