O rio corre vermelho
Como sangue
O sangue que não se vê
Dos corpos que não se vê.
Correm também lágrimas
Dos olhos que isso vê;
O dinheiro
Que vale
Mais que a vida
Vale da tristeza.
Quanto vale?
O minério
Do ferro da terra
Que fere a terra.
O vale.
A vala.
Que carrega os corpos
Ocultos na lama
Tão vermelha
De tóxica poeira.
O ferro da terra ferida
A ferritina do sangue escondido
Dos tantos corpos que não se vê.
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