segunda-feira, 13 de julho de 2015

POMPOAR


 Áh esse meu eu
Mais secreto
Mais discreto
Que palavras não podem traduzir
E que não canso de descobrir...

Descobrir que menos é mais
Que o  infinito é meu cais
E a ordem meu o caos.

Andar em linha reto é bom,
Mas é nas curvas que encontro o tom.

E a curva
É a esquina
Da vida
Que não sei o que vou encontrar.

Mas é lá
Nesse tombo,
Nesse desencontro
Que vou me achar...

Desestruturar
Romper
Morrer
E renascer

Pulsar.

Como  o ritmo da vida
O ar a respirar...

Em silêncio
Profundo
Escuro
Entra e sai
Se renova
Em vida e morte

E nunca parar.

Carrega em si a eternidade
Do tempo, essa divindade
Que está ali
Tranqüilo

Só a nos espiar...  

2 comentários:

Salve Jorge disse...

Espia
Que se és pia
O milagre há de chegar
Encharcar
A mania
Malevolente mania
De atiçar
A te içar
Traçar
O arco
No par
Não pare
Encare
Do ar
Dar
Uma prenda
Que prenda
A fenda
E não se ofenda
Com o aprochegar...

Jaime Portela disse...

Ju, fiquei encantado com a sua poesia.
Parabéns por tanto talento.
Beijinhos.