sábado, 12 de novembro de 2016

HOJE (Para Fraya Hipert)

Hoje eu acordei pensando em como amo correr e fazer Yoga e sinto necessidade de novos desafios para essa casa chamada corpo.  Fiquei com vontade de voltar para a acrobacia aérea ou para a capoeira...
Hoje passei a manhã em uma conexão profunda com Deus, absorvendo a natureza pelo mar, céu, areia. Rodeada de pessoas incríveis e lendo os ensinamentos de Kardec. Muito pouco é essa casa chamada matéria.
Hoje a tarde embarquei na infância do meu filho; na alegria de catar conchinhas,  brincar com um graveto,  inventar tempo . Viajei no espaço,  visitei castelos de areia, mergulhei em águas,  menos profundas do que as histórias  criadas, os beijos e abraços dados... não tenho palavras para descrever  a gratidão que é ser sua mãe, Teo, meu menino mais bonito. Essa casa que não se vê é a verdadeira morada.
Hoje a noite pensei em como é bom amar sem medo. Porque o amor real liberta e não aprisiona. Um canto não me sai da cabeça para lembrar que a arte é a casa do meu descanso.
Hoje passei o dia pensando que nada sei. Amanhã posso estar fazendo o doutorado. Cuidando de uma nova filha. Tratando de uma doença. Bailando em acrobacias. Andando em uma cadeira de rodas. Me despedindo para uma outra vida. Sorrindo. Sofrendo. Não sei, nada sei.
Por isso preciso dessas palavras. São deuses eternizadas em cada letra, leitura, essa estrada.
De quem vive intensamente cada passo dessa caminhada.
Só hoje.
Vida, obrigada.

Um comentário:

Salve Jorge disse...

Ante tudo que tens
Para além dos bens
Das materialidades que tornam os outros refens
Tens um tudo de deixar mudo quem contempla teu sabor de absurdo
Não sei se ajudo
Se de algum modo acudo
Só sei que tu vens
E eu já escuto teus sinais...