quarta-feira, 27 de junho de 2007

SHERAZADE

Tudo começou num sonho. E o sonho virou poesia. Bonita, singela, simples. Sem necessariamente lógica. Mas cheia de sentimentos e sentidos. Quase onírica. Não fosse “sonho que virou poesia”, seria totalmente onírica. Mas o fato é que envolveu. Envolveu de tal forma que a poesia cresceu e virou muito mais rima. Música. Vício. Vício tanto que por si só não bastava. Virou conto. Conto aqui, conto ali: uma cena, um momento, uma denúncia. Contava tudo. E novamente amavam, cativavam, queriam mais e mais. E o conto virou romance: frases, parágrafos, páginas, capítulos. E não queriam nunca que tivesse fim. Nunca. E não teve. Cada palavra; um segundo. A linha; um dia. Páginas; meses, capítulos; anos. O livro da vida.

Nenhum comentário: