(imagem do mestre Carlos Zéfiro)

Na esquina. Ventre. Liso e sorriso. Sem dente. Um segundo que fere, uma segunda-feira. A eterna sensação de que tudo escorre pela mão. Sim e não, sem lenço e silêncio. Sem paixão. Um pequeno presente e muita doença. A espera de alguém passar sem expectativa nem ansiedade; há penas. Necessidade. Fome, sem versos. Diversos. Chuva e buzina, nunca canção. Frio, casca dura e solidão. Não há saudade, não há vontade, não há tesão. O que há de mais precioso: um pano de chão. Madrugada. Uma puta. Uma pena.