quinta-feira, 5 de julho de 2007

SINOS

Um dia você procura um algo esquecido nas gavetas e encontra muitas outras coisas que lembram tudo. E se esquece d o objeto da procura. Percebe a infinitude das possiblidades de existência, de tudo o que ficou parado e deixou de ser. Mas a essência prevalece. O pó da gaveta não é pior do que o pó das idéias e dos sentimentos porque há diferença entre o tempo das idéias e o tempo das ações. Lapidação de alma, fim de excessos. Com calma. Solução: livrar-se do que não tem solução. Sem apego, sem medo, sem peso. Jogar fora, abrir espaço para o novo, não sofrer pelas possibilidades perdidas, mas, agradecer as conquistas vividas. E se preciso mudar. Ganhar espaço, não competir com o tempo. Gavetas sempre existirão.

4 comentários:

Natasha Pinto disse...

e jogar fora é tão difícil... acho que preciso de muitas gavetas.

Maquinaria de Linguagem disse...

Lindo o texto, querida Ju. A intensidade em teus textos é o que dá a diferenca.

thiago-ferreira disse...

Talentosíssima!
intensa.
única!

thiago-ferreira disse...

valeu jú!