Às vezes me surpreendo com o descaramento que tenho de falar tanto a verdade. Amores, oportunidades, amigos... Talvez tenha perdido muita coisa, mas como é bom estar limpa, transparente tranqüila com a consciência. Por um único motivo: ouvir o coração. Pudera eu fugir dessa voz, mas em mim ela não fala; grita, berra. Única escolha e já era!
Hoje tem uma palavra que me dá muita vontade de dizer... é: “Obrigada”. Então vou repetir, repetir e repetir: O- BRI- GA- DA.
Não sei por que, nem para quem. Talvez para a vida, essa infinita imensidão que abarca todos nós e que mesmo nas dúvidas se faz presente pelo fato mais óbvio que é o existir. Tão óbvio que até se torna banal e daí já estamos lá, perdidos naquele mar de quereres, ansiedade, raiva, medo... Pontos negros na estrada que se varridos para baixo do tapete afundam na terra e renascem como galho torto, vento, escuridão e tempestade.
Prefiro sempre a luz, essa que me guia nos momentos de solidão, de gratidão, de criação... Essa que me traz tantas pessoas, presentes, lembranças, momentos, conhecimento. Essa que me diz que o ano acabou, mas que apesar da idade, do fim da ingenuidade, a vida sempre só está começando. Sempre. Até no fim.